A 52ª Jornada Paulista de Radiologia, que aconteceu entre os dias 28 de abril e 1º de maio de 2022 no Transamérica Expo Center (TEC), em São Paulo, reuniu diversos profissionais da área da saúde, retomando o evento presencial e trazendo as melhores práticas, inovações e novas soluções para a área de radiologia e medicina diagnóstica.
Confira abaixo entrevista exclusiva com a médica radiologista Dra. Mariana Fagundes de Oliveira:
A JPR 2022 foi inspiradora! Ver um evento dessa magnitude voltar a acontecer renova as nossas esperanças. Foi apresentado um vídeo muito emocionante sobre esse período sem o evento presencial e a alegria de poder voltar a realizá-lo. Inclusive, o tema deste ano “Um novo encontro: reunidos afinal” demonstra esse sentimento coletivo de querer reunir profissionais e grandes nomes da radiologia nacional e internacional, fomentando a troca e agregando conhecimento a nossa prática diária dentro da radiologia. Ansiosa para o próximo!
Fiquei bastante curiosa sobre algumas modalidades na radiologia torácica apresentadas. A aplicação da ressonância magnética, especialmente com o uso de difusão para avaliação de malignidade e com in phase/out of phase para avaliação de possíveis hamartomas. Além da Dual-energy CR, também promissor para algumas avaliações específicas, por exemplo TEP Crônico, que ainda está em estudo para uma infinidade de possibilidades a serem descobertas.
A JPR esse ano proporcionou diversas aulas em todas as áreas, com discussões sobre inteligência Artificial (IA), como está e o que se espera. O que não é novidade é o que já vivemos com novas tecnologias e softwares presentes o tempo todo agregando na nossa rotina e otimizando nossos laudos. A questão pela qual a IA não parece conseguir substituir o radiologista, ao menos nas próximas décadas, foi bastante debatida, ainda mais considerando que os radiologistas que souberem utilizá-la terão vantagem dentro da área. Na Radiologia Torácica espera-se que os softwares facilitem as questões práticas de mensuração (diâmetros da aorta, diâmetros cardíacos e volume de lesões), facilitando e agilizando os laudos com aumento da precisão.
Eu simplesmente amei o programa do tórax. Muito conhecimento consolidado, aprendizado com relatos das práticas em outros grandes centros, especialmente no Brasil e nos Estados Unidos, trazendo diversas discussões sobre temas atualizados e em ascensão. Eu participava das sessões de aulas, mas fiquei ainda mais interessada naqueles minutos de discussão após, considerando o nível impressionante em que o debate avançava, levantando dúvidas práticas diárias que todos nós profissionais temos. Agregou bastante conhecimento e muita coisa já estou colocando em prática e passando para os nossos residentes. Muitos deles ficaram chateados de não terem participado ao me ouvir falar do evento com tanto entusiasmo.
Foi muito bacana. Eu participei exclusivamente das aulas de tórax, mas o nível dos palestrantes estava incrível. Destaque para o Dr. David Naeger, do Colorado, e o Dr Brett Elicker, da Califórnia, colegas muito carismáticos. Além deles, o Dr Bruno Hochhegger, de Porto Alegre/RS e atualmente atuando na Flórida, abordou ótimos assuntos e ainda trouxe um comparativo sobre os serviços daqui e de lá, mostrando que a prática é muito semelhante,
Vale ressaltar outro ponto importante e bastante discutido: a importância de sessões interdisciplinares. Inclusive, na sala do tórax, tivemos algumas sessões com patologistas e pneumologistas presentes. Uma integração entre estas áreas pode trazer muito conhecimento e melhorias para o dia a dia do radiologista.
De maneira geral, minha avaliação sobre o evento é absolutamente positiva, com destaque aos temas abordados das aulas e os diferentes palestrantes que participaram. Bastante proveitoso!